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Imagem retirada do We♥It |
(...) Dói, mas passa. E fortalece. Ah, e como. Afinal, o que é o chifre de um veado senão sua arma de defesa – muitas vezes inútil – contra a predação de um leão? Durante as primeiras semanas, o chifre vira estilo de vida. Você internaliza o chifre, chora o chifre, vive o chifre. Chora pelos cantos ao som de Tony Braxton, se identifica com o Bentinho de Machado de Assis, vê “olhos de cigana oblíqua e dissimulada” em todas as fotos que registram o que um dia foi felicidade genuína, duvida até de que dois e dois são quatro. Mas levanta. E quando se levanta, tem dois metros de altura: 1,60 do corpinho que Deus lhe deu, 15 centímetros de salto e 25 centímetros de chifre. Aprende da maneira mais dolorosa que o clichezinho que diz que levam-se anos para construir a confiança e segundos para destruí-la é
verdadeiríssimo.
E aí, para todo casal cabe a discussão sobre o que é fidelidade. Se você é o meu parceiro, a única coisa que espero é que fidelidade seja para você o mesmo que é para mim. Porque fidelidade é um acordo. Prometo amá-lo e respeitá-lo por todos os dias de nossas vidas, desde que você também prometa sem fazer figuinhas pelas costas. (...) Preto no branco, acordo selado, contrato assinado – sem cláusulas adicionais, sem entrelinhas, sem margens a interpretações. Se estamos jogando, as regras valem para mim e para você. Porque trair e bancar o espertalhão pode até parecer vantajoso, mas você claramente corre dois riscos. O primeiro é de se arrepender amargamente e ter que conviver com os fardos da sua consciência dia após dia. E o segundo? Bom, deixo que o cornólogo Falcão fale por mim: “você passa a noite fora, e quem é que garante que o Ricardão não come a sua comida e dorme tranquilo no seu colchão?”
(Bruna Molon Grotti)
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